terça-feira, 17 de março de 2009

Tire dúvidas com o Alexandre

(os nomes dos alunos não serão divulgados)

OI!!!! Beleza de questão, XXXX!! Vamos lá:

A palavra paronomásia vem de "para" (de paralelo, paradoxo, oposição) e onomásia (que pode ser simplificado para "nome"). Nome diferente. A paronomásia é uma figura de som; o trocadilho de semântica, de palavra. Portanto, a figura de som visa a musicalidade; visa uma proximação entre os sons, no caso da paronomásia. "Meu amor é um humor só" num poema ou música, seria como que uma rima interna, um eco. Paronomásia são palavras que se aproximam pelo som.

O trocadilho é uma brincadeica com a palavra que gera dois sentidos: um pejorativo e outro denotativo, que lembra o sentido da palavra original. Em "América Latrina" há um trocadilho. Por que, percebe? Outros: em "Armando Barraca" há dois sentidos: o do nome próprio e o do sintagma "(ele estava) armando barraca (de acampar)", por exemplo.

O que você acha? Entendeu? Se não, retorne. Já no que refere à questão dos conectivos, a alternativa é a "A". Por quê? No caso, você teria de testar todos os conectivos. Comece por ela, a "A"




Vejamos como os vestubulares têm abordado o assunto:
Assinale a opção em que a estrutura sugerida para preenchimento da lacuna correspondente seja a mais adequada pelos conectivos propostos.



A violência no País há muito ultrapassou todos os limites. Tanto é assim que dados recentes mostram o Brasil como um dos países mais violentos do mundo, levando-se em conta o risco de morte por homicídio.
Em 1980, tínhamos uma média de, aproximadamente, doze homicídios por cem mil habitantes.Lamentavelmente, nas duas décadas seguintes, o grau de violência intencional aumentou, chegando a mais do que o dobro do índice verificado em 1980 – 121,6% –, ou seja, no final dos anos 90 foi superado o patamar de 25 homicídios por cem mil habitantes. Ao mesmo tempo, o PIB por pessoa em idade de trabalho decresceu 26,4%, isto é, em média, a cada queda de 1% do PIB a violência crescia mais do que 5% entre os anos 1980 e 1990.
Estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento mostram que os custos da violência consumiram, apenas no setor saúde, 1,9% do PIB entre 1996 e 1997. Se bem que a vitimização letal se distribui de forma desigual: são, sobretudo, os jovens pobres e negros, do sexo masculino, entre 15 e 24 anos, que têm pago com a própria vida o preço da escalada da violência no Brasil.


(Adaptado de http:// www.brasil.gov.br/acoes.htm)

a) 1 – Tanto é assim que; 2 – Lamentavelmente; 3 – Ou seja; 4 – Simultaneamente; 5 –

Se bem que;

b) 1 – Lamentavelmente, 2 – Ou seja; 3 – Simultaneamente; 4 - Tanto é assim que, Se

bem que;
c) 1 – Simultaneamente; 2 – Se bem que; 3 – Lamentavelmente; 4 – Ou seja; 5 – Tanto

é assim que;
d) 1 - Tanto é assim que; 2 - Ou seja; 3 - Lamentavelmente; 4 - Simultaneamente; 5 –

Se bem que;
e) 1 – Simultaneamente; 2 – Ou seja; 3 – Tanto é assim que; 4 – Lamentavelmente; 5 –

Se bem que;

Como que eu faço para "achar" a melhor alternativa? Tentei ir pelo contexto, mas não cheguei a nenhuma alternativa.

Obrigada, XXXXX.



Pois é, XXXXX, se você começar pela primeira alternativa "Tanto é assim que" na primeira lacuna você já excluiria três alternativas, porque não seria possível para o sentido do período você encaixar "simultaneamente" ou "lamentavelmente", embora "lamentavelmente" até se encaixasse, mas não teria relação nenhuma com a primeira oração. Neste caso, ficariam duas frases sem relação. "Tanto é assim que" liga diretamente a primeira oração com a próxima, não é? Reveja. E aí, concorda? É a mais adequada, pois estabelece função de apontar a consequência da anterior e "provar"com dados a primeira oração.

"Lamentavelmente" é " de modo triste", e a relação com a primeira oração é mais aparente, como se "o aumento da violência" e os "dados" fossem tristes. Sim, os "dados", que é um substantivo posposto ao advérbio e, no caso, vai modificar não só o termo como toda a frase: o advérbio não necessariamente se aplica apenas à palavra posposta, no caso.

"Simultaneamente" (ao mesmo tempo) e "Lamentavelmente" tem função de "modo", fracamente em relação afirmação anterior (estou até admitindo a possibilidade), e fundamentalmente com a oração posterior, ou seja, todas as informações e afirmações a seguir podem ser lamentáveis. E não o aumento da violência, como pretende a locução "Tanto é assim que". Esta consequência é subordinada a oração anterior. Pense: "lamentavelmente" fica mais "estranho", porque só lamenta a oração posterior. Faz sentido, mas tem outro mais adequado: "Tanto é assim que" confirma o argumento anterior (de que a violência aumentou há "tempos") demonstrando o que acontece na sequência (é uma conjunção subordinativa consecutiva), isto é, que fala da consequência da oração anterior: há um aumento da violência e o texto apresentará os dados que provam a consequência desse aumento. É um recurso que pode ser proposital, se pensado para escrever um texto em que você quer apontar as consequências de uma ação, questão, pensamento, etc.

Não fica melhor a alternativa "A" para todas as alternativas? Procure se orientar para o que significa melhor, com mais propriedade.

Valeu?

Estamos aí.

Alexandre

Sobre a prova!!

A galera está nervosa, mas já vou adiantando: gente, é uma prova diagnóstica. De avaliação de perfil. E de conteúdo também.

Quem anotou o que falei e se baseou nas aulas em sala e nos textos que tenho escrito por aí fique tranquilo. Pense que você irá interpretar textos e responder questões técnicas que estudamos em sala. Nada mais do que isso. Estou avaliando o perfil de cada aluno: e essa é a proposta da escola. Conhecê-los melhor para encaminhá-los e orientá-los, personalizadamente, sobre sua dedicação aos estudos: é o melhor projeto pedagógico ( e nesse sentido estou de pleno acordo). E acho que vocês também estão de acordo com essa proposta, pelo menos de modo geral.

Será difícil? Difícil é responder essa pergunta. De modo geral, não, mas exigirá atenção e leitura atenta. Como qualquer vestibular de bom nível.

Ler e escrever é a porta de entrada para uma boa faculdade e para se dar bem na prova de 18/03.

Vocês entenderão. Não sei quando, alguns, mas vão. Relaxem, portanto, todos.

Sugestão: leiam os poemas, ouçam as declamações, proponham debates teóricos para estimularmos o cérebro (você já descobriram que adoro isso: aproveitem-se-me!!): escrevam e pensem, porque um é concretização do outro.

Até

Alexandre





As brechas do acordo ortográfico

Pessoas!!

Estou postando uma análise sobre o acordo ortográfico. Leiam para debatermos.

Até

Alexandre César

Como a Academia Brasileira de Letras preencheu as lacunas e
contradições da lei ortográfica


A Academia Brasileira de Letras concluiu em dezembro e lança em março
a versão mais recente do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa,
pela Global Editora, à luz das regras ortográficas que entraram em
vigor este ano. Nele estão as palavras tal qual o acordo manda grafar.
Mas também as grafias sobre as quais a nova lei se contradiz ou se
omite. Não foram poucos os casos do gênero, garante o gramático
Evanildo Bechara, que liderou a equipe da ABL na empreitada.

- Buscamos decifrar o espírito do acordo para preencher as lacunas,
fundando-nos em bom senso e na tradição lexicográfica corrente - diz
Bechara.

Bechara explicou a conduta da ABL num debate em novembro, no Anglo
Vestibulares, em que também participaram linguistas como José Luiz
Fiorin, Francisco Platão Savioli e Maria Helena de Moura Neves.

- Ficamos sem saber se o acordo, na tentativa de simplificação,
esqueceu de apresentar todos os casos ou adotou um critério de dizer
que, nos casos omissos, prevalece a grafia antiga. Pois o acordo teve
uso curioso do "etc.": pôs "etc." até nas exceções. Decidimos, então,
que a exceção fica restrita aos casos prescritos na lei como exceção -
diz Bechara.

Significa que a ABL ignorou qualquer exceção que não já citada em lei,
só as que estão na lista de exceções antes de surgir o "etc."

- O espírito do acordo sugere a queda do uso do hífen. Não fazia
sentido "fim de semana" às vezes levar hífen e "fim de século" nunca
levar. O acordo resolve isso. Ficam os dois casos sem sinal. Mas nem
tudo foi tão fácil interpretar - diz Bechara.

Hifens
O acordo manda ignorar o hífen em expressões compostas por mais de uma
palavra, quando não há noção de composição. Mas não há pesquisas
precisas sobre perda da noção de composição na maioria dos casos,
pondera Bechara.

A lei ignora os elementos repetidos que formam compostos. A ABL,
então, estendeu o hífen às onomatopeias e palavras expressivas:
"blá-blá-blá", "reco-reco", "zum-zum", "zigue-zague", "pingue-pongue",
"xique-xique", "lenga-lenga" e derivados como "zum-zunar" e
"lenga-lengar". Casos mais complexos, como "tintin por tintin", são
agora grafados com hífen (tintim-por-tintim).

Simplificaram, por um lado, a ortografia em vigor nas navegações e
complicando de outro. Como acomodar, então, a reduplicação da linguagem infantil em palavras
criadas por adultos (titio, papai, mamãe)? A se aplicar a regra,
haveria hifens indesejáveis nesses casos. Compreendeu-se, então, diz
Bechara, que nesses casos a sílaba não funciona sozinha, não tem
individualidade discursiva. Portanto, a composição não terá hífen.

E "bombom"? Não é onomatopeia, mas termo de origem francesa.
Escreve-se junto, sem hífen, definiu a ABL. Assim como "bumbum". Mas
se "bum" vier só e em vez do segundo "bum" houver outro elemento: com
hífen, avisa Bechara.

O acordo omite a existência ou não de hífen nos casos em que "não" e
"quase" estão ao lado de outras palavras. A ABL não manteve o hífen.
Assim, grafam-se "pacto de não agressão" e "cometeu um quase delito",
por exemplo. Sem hífen.

A lei define que terão hífen as palavras oriundas ou derivadas da
botânica ou da zoologia. Daí "água-de-coco"; "azeite-de-dendê";
"bálsamo-do-canadá". Mas não "sumo de maracujá"; "suco de limão", pois
a preposição não estabelece sentido único. Nem tampouco expressões
usadas fora do contexto botânico. Por isso, interpretou a ABL:
Bico-de-papagaio = com hífen, pois é planta.
Bico de papagaio = sem hífen, pois é problema de coluna.

Contexto
A nova lei ortográfica não avança em problemas contextuais. Como
locuções não levam mais hífen (pé de moleque, calcanhar de aquiles),
assim como "pé de galinha" (ruga) e "pé de galinha" (pata de
galináceo). Só o contexto dará a diferença.

Porque caiu o acento diferencial, só o contexto da frase determinará
se "Ronaldo para o Corinthians" é com "para" (forma verbal) ou "para"
(preposição): Ronaldo conseguiu parar o time ou vai trabalhar nele?
Assim "trabalhou à toa" (advérbio) x "estou à toa" (adjetivo), todos
sem hífen. E "dia a dia" sem hífen, não importa o contexto. Antes, no
sentido de "cotidiano", tinha hífen.

O acordo define que paroxítonas com ditongos ei e oi abertos perdem
acento (estreia, hemorroida). Mas não se lembrou, diz Bechara, de
paroxítonas presas a regras gerais de acentuação, com ei e oi, que
precisam de acento se terminadas em r: "destróier", "Méier", "gêiser".
A grafia delas fica como antigamente.

Omissões
As sugestões da ABL às lacunas do acordo ortográfico, que assumem
valor de lei no Brasil, suscitam dúvidas. De um lado, acabam com
ambiguidades e erros das edições de dicionários impressas no ano
passado. Quem consultar versões "atualizadas conforme o acordo", de
editoras ávidas em garantir sua cota de venda ao governo, encontrará
grafias que nem sempre correspondem às de concorrentes, tampouco às da
ABL.

Mas não está dado que Portugal acate as sugestões brasileiras, podendo
lançar grafias diversas das propostas pelo Brasil, se e quando
tratarem do problema (os europeus resistem ao acordo e a preencher
suas lacunas). A ABL cria o fato político de precipitar o debate que
os portugueses tendem a levar com a barriga.

O mais contundente dado político da medida da ABL, no entanto, é o de
demarcar posição e, com isso, normatizar o que talvez nem precisasse.
Um equívoco no uso do hífen não é o tipo de tropeço que atrapalha a
compreensão ou afete a imagem da pessoa. Ninguém será tomado por
ignorante nem deixará de ser entendido ao escrever "água-de-coco" com
ou sem hífen. Antes de dar vazão à ânsia normativista, talvez fosse o
caso de fazer como idiomas em que o hífen é, quando não ignorado,
deixado ao gosto do freguês. Mas o Brasil escolheu outro caminho. Quem
quiser que o siga.

Completando o acordo
Decisões da ABL para as omissões da nova lei ortográfica

Sem hífen "Dia a dia", em qualquer contexto

"Fim de semana", em qualquer contexto (ao modo de "fim de século")

"À toa", seja advérbio ou adjetivo

"Pé de galinha", seja ruga ou pata (ao modo de "pé de moleque",
"calcanhar de aquiles")

"Bico de papagaio", o problema de coluna e nariz adunco. "Não" e
"quase" complementando outras palavras, como em "pacto de não
agressão" e "cometeu um quase delito"

Com hífen
"Bico-de-papagaio", a planta (ao modo de "água-de-coco" e "azeite-de-dendê")

Onomatopeias e palavras expressivas com elementos repetidos:
"blá-blá-blá", "reco-reco", "zum-zum", "zigue-zague", "pingue-pongue",
"xique-xique", "lenga-lenga", "tintim-por-tintim"

Pergunta: o que essa reforma, efetivamente, melhora em relação à ortografia?

terça-feira, 10 de março de 2009

Reforma Ortográfica

Salve gente!!!

Quero iniciar as postagens tirando dúvidas, fazendo esclarecimentos e iniciar um debate sobre a Reforma Ortográfica.

A primeira coisa (conteúdo de sala) é sobre a aula da semana passada, acentuação de ditongos. Gostaria de destacar alguns pontos, os quais, acredito, ficaram por esclarecer. Para efeito geral, vale este linque do governo federal

Edital da Reforma Ortográfica - Decreto 6583/95

como texto oficial da reforma ortográfica e base para nosso debate aqui.

Logo abaixo, postei um texto publicado pelo OESP (O Estado de São Paulo) dessa semana com um esclarecimento do professor Evanildo Bechara, (um defensor da reforma, inclusive), sobre quinze pontos contraditórios ou que estavam em desacordo, nos últimos debates entre especialistas. Quero, mais para frente, postar alguns pontos de vista diferentes sobre a reforma, pois é importante que saibamos as bases que sustentam essas propostas e sobre que condições elas foram impostas. São muitos países envolvidos, portanto, não é uma simples reforma, apesar de ser absolutamente cosmética. Mas deixemos os debates para depois. Escrevam suas opiniões, por sinal. É exercício de escrita e de pensamento.

Além disso, devo esclarecer uma dúvida (alguns alunos manifestaram-se!!) e um equívoco que acabei levando para algumas turmas. A dúvida é sobre as vogais átonas "i" ou "u". Vejam como podemos defini-las: podem ser chamadas de semivogais porque dividem seu som entre outras duas vogais, no caso. É como se a vogal se alongasse e se dividesse: col-mei-(i)a, joi-(i)a, fei-(i)o, fei-(i)u-ra, ji-boi-(i)a, isto é, parte do seu som se divide. E agora sem acento esses ditongos, já falamos disso. Na lousa, enquanto testávamos as possibilidades de divisões silábicas, deixei inadvertidamente a divisão do vocábulo jiboia de forma equivocada "ji-bo-ia". O correto é "ji-boi-a", beleza? Um aluno percebeu isso e veio tirar a dúvida. Um aluno ligeiro e atento, diga-se de passagem. Boto fé em você, camarada. Avancemos.

Outra questão, deste mesmo aluno, foi quanto à acentuação de alguns ditongos, e que esta reportagem publicada ontem (09/03) põem fim ao debate, enfim. Tá vendo meu velho? Estamos atualíssimos e comunicantes!!!

Vamos ao texto?

Alexandre


OESP

Evanildo Bechara, coordenador da Comissão de Lexicografia e Lexicologia da ABL e principal responsável pelo Volp, especifica os critérios adotados pela comissão: respeitar a letra do acordo, estabelecer uma linha de coerência quando surgiam princípios aparentemente contraditórios, acompanhar o espírito simplificador da reforma e, nos pontos não discutidos no texto, preservar a tradição ortográfica decorrente das reformas anteriores. Ele explica que foram adotadas 15 medidas para dirimir dúvidas ou ambiguidades no texto do acordo:

- Ditongos abertos "ei" e "oi" são acentuados quando ocorrem em palavras terminadas em -r. Exemplos: Méier, destróier, blêizer, gêiser

- Usa-se acento circunflexo nos paroxítonos com encontro "ôo" em palavras terminadas em -n. Exemplo: herôon

- Paroxítonos terminados em -om também devem ser acentuados. Exemplos: iândom, rádom

- Usa-se acento no hiato "ui", quando a vogal tônica é o "i". Exemplo: arguí (1ª pessoa do singular do pretérito do indicativo)

- O acordo afirma que "emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica". As exceções estão limitadas às palavras explicitamente relacionadas no acordo, admitindo apenas formas derivadas e aquelas consagradas pela tradição ortográfica dos vocabulários oficiais (ou seja, presentes em dicionários brasileiros e portugueses). Exemplos: passatempo, varapau, pintassilgo

- Não se usa hífen depois do prefixo an- quando o 2º elemento começa com h-. Exemplos: anistórico, anepático

- Usa-se hífen nos substantivos compostos formados com elementos repetidos, com ou sem alternância vocálica ou consonância de formas onomatopeicas. Exemplo: blá-blá-blá, reco-reco, trouxe-mouxe

- Além das denominações botânicas e zoológicas, que já contam com uma regra clara no acordo, os produtos afins e derivados também devem receber hífen segundo a tradição ortográfica. Exemplo: azeite-de-dendê, bálsamo-do-canadá. Observação: não se acentuam expressões como água de coco e sumo de laranja

- Não se emprega hífen em formas homógrafas de denominações zoológicas e botânicas com hífen. Exemplo: bico de papagaio (quando não designa a planta, mas a doença)

- Prefixo co- não exige hífen. Exemplos: coerdeiro, coabitar

- Prefixos átonos pre-, re- e pro- não demandam hífen. Exemplos: reeleição, propor, preencher

- Nas palavras compostas, quando não há perta de fonema do 1º elemento e o 2º começa com h-, o uso do hífen é facultativo. Exemplo: carboidrato e carbo-hidrato

- Devem ser consideradas locuções (portanto, rejeitam o uso do hífen) as unidades fraseológicas com sentido substantivo. Exemplos: "Foi um deus nos acuda", "Adotou-se o princípio do salve-se quem puder"

- Expressões latinas não empregam hífen, exceto quando estão aportuguesadas. Exemplos: pro labore e pró-labore, in octavo e in-oitavo

- Não se emprega hífen nos casos em que as palavras "não" e "quase" funcionam como prefixos. Exemplos: não fumante, quase irmão.

Assalto Cultural

Reforma Ortográfica em Quadrinhos

Reforma Ortográfica em Quadrinhos

Gabarito da P2

Prof. Alexandre César

Instruções para esta prova:

Conteúdo: Fonologia e Implícitos (capítulo 2 e 3); Classes Gramaticais:

Conjunção e Preposição (capítulo 5, 9 e 14);

―Evite rasuras, abreviações e linguagem coloquial;

Questões respondidas a lápis, rasuradas ou modificadas com corretivo líquido

não terão direito à revisão de nota;

―As respostas devem ser construídas com texto; as referênciasem linhas” às

questões correspondem a uma sugestão quanto ao número de linhas da

resposta. Portanto, é variável a quantidade de linha, mas não suprimível o

formato textual das respostas;

―Faça letra legível e procure organizar o texto;

Salve e boa prova para vocês!!


Texto 1 para as questões.

A flauta que me roubaram

Cassiano Ricardo

Era em São José dos Campos.

E quando caía a ponte

Eu passava o Paraíba

Numa vagarosa balsa

Como se dançasse valsa.

O horizonte estava perto.

A manhã não era falsa

Como a da cidade grande.

Tudo era um caminho aberto.

Era em São José dos Campos

No tempo em que não havia

Comunismo nem facismo

Pra nos tirarem o sono.

havia pirilampos

Imitando o céu nos campos.

Tudo parecia certo.

O horizonte estava perto.


Havia erros nos votos

Mas a soma estava certa.

Deus escrevia direito

Por pequenas ruas tortas.

A mesa era sempre lauta.

Misto de sabiá e humano

O meu vizinho acordava

Tranqüilo, tocando flauta.

Era em São José dos Campos.

O horizonte estava perto.

Tudo parecia certo

Admiravelmente certo.



Lauta: exuberante, farta, grandiosa.


Texto 2 - Agora, leia este trecho de um discurso do próprio Cassiano Ricardo sobre o poema acima:

“(...)o “Martin Cererê, sob o aspecto do amor à terra, a nossa paisagem rural e humana, reflete o tempo em que vivi na pequena fazenda de meus pais, em Vargem Grande, além do Paraíba e do Buquira. Não poderia eu ter escrito, por exemplo,”Soldados Verdes” e “Florada” sem esse contacto com as coisas da roça que, na adolescência, conheci e amei, em meu município. Ausente da terra de meu nascimento, quanta vez o seu retrato me apareceu na memória com a nitidez dos fatos aqui vividos, com a imagem de todos quantos foram meus amigos, desde a meninice.


Minha poesia, em várias passagens, reproduz S. José dos Campos. Um S. José ainda sossegado, de ruas quietas e hábitos tranquilos. ”Era em S. José dos Campos. E quando caía a ponte (...)”. Este S. José de que falo em meu poema (A flauta que me roubaram) se foi com o tempo, com os idos de 1910.


Dois pormenores figuram, que desejo explicar: o da ponte sobre o Paraíba, que não raro caía, obrigando o menino, que era eu, a atravessar o rio em balsa, quando vinha do sítio de meus pais à cidade; e o do vizinho que tocava flauta. Quem era ele? Não serei indiscreto em dizer que se tratava de Teodoro Mascarenhas, que foi meu querido colega no quarto ano do grupo escolar e a quem rendo o meu preito de saudade.”(1)

(1)Monteiro, ªM., (2003) Cassiano: fragmentos para uma biografia. 1ª ed., São José dos

Campos: UNIVAP, p.284



Questões

Cassiano Ricardo empregou, em seu poema, alguns recursos linguísticos como meio de auxiliar a expressão de seus sentimentos, memórias e idéias. Tendo em mente as figuras que aprendemos durante o curso, responda as questões a seguir:


1. Em qual estrofe do poema é possível identificar o emprego da elipse? Reescreva o(s) verso(s) em que ocorre(m) tal emprego.


É possível identificarmos em todo o poema o emprego da elipse. Para exemplificar, destacaremos os versos “Havia erro nos votos / mas a soma (dos votos) estava certa.”, na terceira; e “Eu passava o Paraíba / (passava) Numa vagarosa balsa / (passava) Como se dançasse valsa.”

2. Há o emprego de paronomásia ou hiperônimos? Se não houver, desenvolva um parágrafo sobre o que são parônimos e hiperônimos. (De duas a cinco linhas)


Nãopalavras parônimas, portanto nãoparonomásia. Paronomásia é um efeito de musicalidade aplicado ao som das palavras, como por exemplo, “Berro pelo aterro, pelo desterro”, ouMeu amor, que sem humor!!”; O verso mais próximo de uma paronomásia seria “Comunismo nem facismo”. No entanto, este efeito é uma rima interna, um eco. Mas posso considerar como certo, pois a ideia essencial da figura está introjetada.

Podemos considerar que os versosMisto de sabiá e humano / meu vizinho acordava” há relação hiperônímica, pois dentro do campo semântico de “humano” está contida a idéia de “vizinho”. “Humano” é a hiperônimo de “vizinho”; este designamos como hipônimo. Essa figura de linguagem é fundamental para a coesão textual, pois faz a relação de referência entre os versos e o sentido do poema. É um tipo de metonímia.

4. É possível afirmar querelações antitéticas no poema? Justifique. (Cinco linhas)


Sim, há relações antitéticas no poema. Os primeiros quatro versos da

última estrofeHavia erros nos votos / Masa soma estava certa. / Deus escrevia direito / Por pequenas ruas tortassão antíteses que pretendem destacar uma São José, mesmo à época, contraditória moral e politicamente. Na verdade, o segundo e terceiro versos, antitéticos, justificam em Deus um problema político que ocorria no início do século XX: a manipulação dos votos, descritos no primeiro e segundo versos.


5. Faça a escansão da primeira estrofe, compare com as outras, e defina o tipo do poema, segundo a métrica.

E/ra em/ São/ Jo// dos/ Cam/pos.

E/ quan/do/ ca/í/a a/ pon/te

Eu/ pas/sa/va o/ Pa/ra/í/ba

Nu/ma/ va/ga/ro/sa/ bal/sa

Co/mo/ se/ dan/ças/se/ val/sa.

O poema é composto por sete sílabas métricas (ou poéticas) em cada verso, caracterizando o chamado verso redondilho maior. Comparando com as outras estrofes, todos têm a mesma métrica, ou a mesma contagem de sílabas poéticas. Chamados também de versos em Redondilhas Maiores, como as cantigas de roda.



6 Releia a segunda estrofe do poema e faça um levantamento dos ditongos nasais e dígrafos consonantais. Se não houver ditongos ou dígrafos conforme a questão, defina os dois fenômenos. (De três a cinco linhas)

O levantamento dos dígrafos consonantais (os quais definem-se por serem compostos de duas letras grafadas, emitindo apenas um som) é o seguinte: “manhã” /nh/ no segundo verso; no quartocaminho” /nh/ e “que”, /qu/ no sexto verso. Dos ditongos nasais (caso de toda nasalização sobre dois sons (vogal átona e tônica)) são os seguintes: “não” /ão/, “manhã” /an/ e /nhã/; e “São” /ão/.



7. Julgue cada uma das afirmações a seguir, relativas ao discurso proferido por Cassiano Ricardo. Indique, no caderno de respostas, apenas V para as verdadeiras e F para as falsas (atenção: como nem todas são verdadeiras nem falsas, você não poderá indicar apenas V ou apenas F, do contrário sua resposta será anulada).


A ( F ) O acento agudo, também indicador de ditongos abertos em palavras como destrói, anéis, chapéu, não foi utilizado nenhuma vez em todo o texto.

B ( V ) O texto não contém nenhum caso de tritongo.

C ( F ) No último parágrafo, nota-se a presença da conjunção subordinativa integrante, de uma coordenativa aditiva e uma conclusiva.

D ( V ) Na fraseNão serei indiscreto em dizer que se tratava de Teodoro Mascarenhas” temos uma conjunção integrante.

E ( V ) No último parágrafo há uma conjunção subordinativa temporal.

8. Sabemos que as preposições são uma classe gramatical cuja função é conectar palavras e orações reduzidas. Algumas delas comportam-se sempre como preposições; outras, podem se comportar como conjunções, isto é, conectanto orações subordinadas e coordenadas. Os dois tipos são conectivos: apenas mudam sua função do nível morfológico para o sintático. um exemplo de quando essa troca de funções pode ocorrer, indicando o tipo da conjunção. (De três linhas a cinco linhas)

Podemos fazer a preposição “e”, por exemplo, funcionar como conjunção coordenada aditiva. Em “Pedro e Maria são felizes” o “e” tem função de preposição, conectando dois substantivos. em “Pedro é feliz e Maria também o é” o “e” torna-se uma conjunção aditiva, unindo duas orações coordenadas. É possível que uma preposição acompanhe uma conjunção também, formando a locução conjuntiva. “Até que”, “por meio de”, “de forma que”, "Para que" entre outras locuções.

8. (Univ. Fed. Santa Maria – RS) – Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido. A seguir, classifique as conjunções escolhindas conforme suas funções nas orações:

a. Correu demais, por isso caiu.

b. Dormiu mal, porque os sonhos não o deixaram em paz.

c. A matéria perece, mas a alma é imortal.

d. Leu o livro, portanto é capaz de descrever as personagens com detalhes.

e. Guarde seus pertences, que podem servir mais tarde.



A ( ) porque, todavia, portanto, logo, entretanto

B (X) por isso, porque, mas, portanto, que

C ( ) logo, porém, pois, porque, mas

D ( ) porém, pois, logo, todavia, porque

E ( ) entretanto, que, porque, pois, portanto

A sequência mais adequada para o uso dos conectivos acima são todas conjunções coordenativas: “por isso” é uma conjunção conclusiva; “porque” é conjunção explicativa; “mas”, conjunção adversativa; “portanto” tem função conclusiva e “que” é uma explicativa.




9. O poema e o texto em prosa, ambos do poeta, crítico e ensaísta joseense, tratam, em um nível mais profundo, de um mesmo tema, embora o que esteja em prosa (o discurso) tenha a função de referir ao poema, contextualizando-o sob certo aspecto. Quais são as diferenças fundamentais entre cada texto?

Sob o ponto de vista da forma, o primeiro trata-se de um poema com métricas regulares; são, inclusive, redondilhos maiores, o que o caracteriza como um poema musicalizado; há rimas e figuras de linguagem, como elipses e hiperônimos.

O segundo é um texto em prosa, com organização de parágrafos e sem preocupação poética. Tem função metalinguística, isto é, um texto que fala sobre outro texto (no caso, um livro, “Martim Cererê” e um poema, “A flauta que me roubaram”). Além disso é umdiscurso”, como a própria questão se refere.

Pelo conteúdo, no discurso de Cassiano Ricardo, há claramente uma intenção textual de se falar sobre as imagens e memórias dos tempos passados de uma “São José dos Campos”; sobre o “contacto” com a natureza e a roça; e que sem essa experiência, como poderia ter pensado emSoldados Verdes” e “Florada”; fala sobre onde o poeta vivia quando menino, seus amigos de escola e infância. Diz sobre a experiência e memória que motivou a criação de seus textos; ou que, pelo menos, o ajudaram a compô-los.

o poema fala da memória sobre uma São José dos Campos longínqua, misturando lembranças de infância e juventude, e utilizando-se de recursos literários para aproximar o conteúdo da forma de expressão: o fato de usar redondilhas maiores aproxima à ideia de um tempo de menino, tempo de cantigas de roda, para resumir. Essa questão é de livre interpretação, mas teria de “rodear”, ao menos, as ideias que expus acima, com um texto apresentável e coeso. Evidentemente não seria necessário escrever muito, mas apenas destacar o que poderia ser importante, fundamental. O mesmo se aplica à questão dez.



10. Discorra, livremente, sobre as semelhanças entre os textos; e faça as devidas citações com uso adequado de aspas.

A ideia fundamental é mais ou menos o que expomos na resposta da nove, mas falando sobre as semelhanças: ambos os textos falam de e sobre São José dos Campos. No poema está bastante caracterizada essa proposta, pois o eu lírico tem a preocupação de expressar essas imagens de infância e adolescência dessa “São José” por meio de uma musicalidade (infantil) que também aparece em cantigas de rodas (típico nas brincadeiras de crianças): os versos redondilhos maiores. “Batatinha quando nasce” e “Vamos todos cirandartambém são redondilhos maiores e entoam as lembranças (musicais) produzidas pelo poema. Todo o poema é uma memória musical, desde a “flauta” do título e dos versos finais até a própria estrutura do poema. O uso dos verbos no passado Imperfeito remetem a um tempo mítico, remoto, mas que está presente na memória. “Era em São José dos Campos”, "era uma vez..."

O texto em prosa fala de como a experiência e mémoria de São José dos Campos interferiram na criação de seus textos. O primeiro parágrafo fala dessa experiência na produção de “Martim Cererê”, obra que o consagra como autor modernista; o segundo, da sua produção poética e, especificamente, da memória no poema “A flauta que me roubaram”. O terceiro parágrafo explica “dois pormenoresque configuram o poema: na primeira estrofe, o fato da ponte cair com certa constância que “o obrigava, menino” a atravessar o rio Paraíba de balsa; e no final da última estrofe, onde ele explica quem tocava a “a flautaque é, enfim, também o título do poema. "A flauta que me roubaram" também pode ser a infância perdida (ou passada) do autor?

Como disse, esta também é uma questão de interpretação, na qual minha preocupação "avaliativa" é sobre a apresentação textual e a organização dos conteúdos expressos, independente de quais sejam, mas que everiam ser, pelo menos aproximadamente, sobre o que referi logo atrás.

Dúvidas dos alunos: as diferenças entre conjuções subordinativas e coordenativas

Queridos,

Alguns alunos mandaram-me e-mail pedindo para que eu dirimisse algumas dúvidas sobre as conjunções coordenativas e subordinativas. Vamos lá, então.

Diferenças entre a concessiva e adversativa

A oração adverbial concessiva e a coordenada adversativa mantêm uma relação de oposição entre duas idéias. Seu uso é próprio da argumentação.

Conjunções e locuções concessivas: embora, apesar de, mesmo que, conquanto, ainda que, se bem que, posto.

Conjunções adversativas: mas , porém, contudo, todavia , entretanto, no entanto. Não existe "no entretanto".

Apesar desta semelhança , apresentam diferença entre si . Usarei um exemplo para explicar:

1) "O trabalho dignifica a pessoa, mas a consome por completo." A conjunção "mas" une duas idéias contrárias. Apresenta uma crítica ao trabalho.

2) "O trabalho consome a pessoa por completo, mas a dignifica." Apresenta uma visão positiva do trabalho.

Se for usada a conjunção concessiva " embora", o período ficaria assim : "Embora o trabalho dignifique a pessoa , ele a consome por completo". A concessiva se prende à idéia menos importante no interior da oposição entre as duas.

Pode-se também inverter: "Embora o trabalho consuma a pessoa por completo, ele a dignifica".

Resumindo: a conjunção adversativa apresenta a idéia mais importante da oposição. A conjunção subordinada concessiva prende-se à idéia menos importante da oposição

Talvez o exemplo abaixo ajude a distinguir a diferença entre as explicativas e as finais:

Diferença entre conjunção subordinada adverbial causal e coordenada explicativa

Diferença entre oração subordinada adverbial causal e coordenada sindética explicativa:

É difícil, às vezes, distinguir uma oração subordinada causal de uma oração coordenada explicativa. Eis alguns artifícios que podem auxiliar na distinção desses dois tipos de oração:

a) Geralmente, a oração que antecede a oração coordenada explicativa tem o verbo no modo imperativo.

"Fiquem quietos, que o professor já vem."

Verbo no imperativo: fiquem.

Oração coordenada sindética explicativa: que o professor já vem.

b) A oração subordinada adverbial causal pode ser colocada no início do período, introduzida pela conjunção como, o que não ocorre com a coordenada sindética explicativa:

"Não vim à aula PORQUE ESTAVA DOENTE."

"COMO ESTAVA DOENTE, não vim à aula."

Tirei os exemplos do site www.portrasdasletras.com.br


Gabarito

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

Aqui vai o gabarito, queridos!!


2 - E


3. (FUVEST – SP) – “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração sublinhada pode indicar uma idéia de:

a) concessão

b) oposição

c) condição

d) lugar

e) conseqüência


Resposta: C


A condição necessária para procurar emprego é entrar na faculdade.


4. (Univ. Fed. Santa Maria – RS) – Assinale a seqüência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido.


1. Correu demais, ... caiu.

2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.

3. A matéria perece, ... a alma é imortal.

4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com detalhes.

5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.


a) porque, todavia, portanto, logo, entretanto

b) por isso, porque, mas, portanto, que

c) logo, porém, pois, porque, mas

d) porém, pois, logo, todavia, porque

e) entretanto, que, porque, pois, portanto


Resposta: B


Por isso – conjunção conclusiva.

Porque – conjunção explicativa.

Mas – conjunção adversativa.

Portanto – conjunção conclusiva.

Que – conjunção explicativa.


5. Reúna as três orações em um período composto por coordenação, usando conjunções adequadas.


Os dias já eram quentes.

A água do mar ainda estava fria.

As praias permaneciam desertas.


Os dias já eram quentes, mas a água do mar ainda estava fria, por isso as praias permaneciam desertas.


Correção e Comentário sobre a prova: demorô?

Primeiros!!!

Salve para todos!!


Enfim, retomo as atividades do nosso blog; e vou começar postando o gabarito da prova e comentando-o, claro.

Gente: língua portuguesa, em seu aspecto gramatical, é o conhecimento dos mecanismos da língua que nos permitam comunicar melhor, escrever melhor, falar melhor. Em nosso trabalho, a prioridade é estudar os meios que nos deem um texto que comunique de forma eficiente e que convença, no caso. Todo o tipo de avaliação na escola, pelo menos quando a disciplina exige texto, é de argumentação. Textos de opinião, que defendam pontos de vista. E todos os argumentos devem ter sustentação; senão, serão refutados. Em gramática também é assim.


Mas caminhemos, aos poucos, neste texto.


Análise da prova


Essa prova foi de conhecimento e apresentação textual. E é um dos poucos recursos que tenho para conhecê-los textualmente: esse procedimento é muito importante para mim, pois assim posso orientá-los adequadamente sobre a produção escrita de vocês.

Um aluno ontem me disse que eu não tenho o direito de descontar ponto por causa da letra ou devido a questões de pontuação, acentuação ou organização (gráfica ou não) do texto; que o que importa é o que está escrito.


Caríssimos: posso e vou descontar, porque a leitura do texto produzido por vocês não pode ser um problema para o corretor, e vocês devem acostumar-se a escrever com letra legível. Desculpem-me aos que não têm esse problema, mas precisava avisar o povo. Além disso, talvez eu seja o único professor que possa (oficialmente) descontar nota por causa da letra, porque, em português, não interessa apenas o quê se escreve, mas, principalmente em gramática, o COMO se escreve. É preciso ter consciência de que esta matéria atravessa TODAS as que vocês estudam. Todas, sem exceção. E, mais do que revisar o texto e cobrar o conteúdo, vou cobrar uma boa expressão textual desses conteúdos. É obrigação minha melhorar esse aspecto de/em vocês; é obrigação de vocês esforçarem-se para melhorar a forma e o conteúdo “do texto escrito e faladopor vocês. O que estou fazendo para vocês, agora? escrevendo. E este ato é o que sempre permitirá que eu escreva melhor.

E...responde(am) : Sei me expressar ou não? Claro que sei (e continuarei tentanto). Eu pratico: leio e escrevo.


Este é o recado particular para os que precisam URGENTEMENTE melhorar a letra e para os que querem saber o que penso e sobre meus critérios de correção. Escrevam, quando puderem.


Vamos à famigerada prova.


1) A primeira questão tem objetivo de avaliar a capacidade expressiva do aluno (construção, conectivos, vocabulário, entendimento) e detectar problemas de fundamento na produção escrita. E principalmente: para (eu) saber o que vocês sabem e como usam a língua numa situação dada.

O que poderia ser respondido em a)? Qualquer coisa que variasse entre perceber que as duas leituras se contradizem ou que houvesse um sentido muito estranho, diferente, quando lia-se pela forma tradicional (de cima para baixo) ou por outra forma (de baixo para cima). Considero que as palavras-chaves fundamentais aqui para um desenvolvimento mais aprimorado da leitura-escrita fossem termos como, contradição, inversão de sentido, mudança de sentido, e algumas outras possíveis. E considero que a média de linha escrita de um parágrafo (com base no vestibular) são CINCO. Claro que isso não se aplica para TODAS as respostas, poderiam os apressados pensarem. Bom senso é a recomendação. Esta questão exigia uma MÉDIA de cinco linhas


Para b) respondia-se qualquer coisa, desde que houvesse parágrafo e aspas ou sublinhamento para os títulos. Mas vejam: falo com o pressuposto de que este título esteja dentro da resposta de uma questão. Porque no momento em que vocês porem um "Título" em um texto como numa redação para vestibular, não ponha aspas nem sublinhe. Apenas se você for citar um título. Qualquer citação no texto pode usar. Sacaram a idéia? Demorô.


Avante.


Esses procedimentos básicos, teoricamernte, pertencem ao Ensino Fundamental e queria saber se é um problema ou não. No caso de muitos, foi. Vamos falar disso em sala, sem dúvida.


2) Esta questão foi polêmica. E eu adoro polêmicas. Poléimos, "guerra" em grego.


Outra informação que era importante saber, por meio dessa questão: autonomia dos estudos. Simples: queria saber como estava o aproveitamento dos conteúdos do livro didático, do ponto de vista do estudo individual de cada aluno. “Mas, professor, você não deu isso em sala!!! Organize-se!!”, disse-me uma aluna. Vejamos:


Primeiro, aluno é estudante. E estudante (do particípio presente latino: amante (forçoso ou não) dos estudos) não fica (nem pode ficar) parado, porque o conhecimento não vem ao encontro de vossas dignissímas pessoas. Se não, todos passariam em qualquer vestibular. “A escola orienta o aluno à fonte de conhecimento dentre o mar infinito de informações disponíveis neste mundo moderno, internético". Acabei de inventar essa frase, que resume bem minha função: filtrar as informações principais daquele/sobre determinado conhecimento e explicar-lhes os conceitos fundamentais. A partir disso, vocês devem correr atrás e trazer questões, discordar, propor novos modelos. Ler o livro didático, no mínimo, ou pesquisar na net (no máximo da preguiça) é o básico. O "além disso" é o que garante o vestibular. Quem leu apenas o capítulo dois do livro (da página 20 à 23) responderia a esta questão e à próxima sossegadamente. Diboa mesmo.Vão ao livro e vejam.


Alguém poderia falar que não sabia o significado da palavra “escansão”. Eu, por diversas vezes, repeti este termo em todas as salas (embora não a tenha escrito coloridamente na lousa em todas elas). A questão é que poucos alunos não fizeram a escansão; e destes, muitos fizeram-na de cabeça e responderam que era uma composição de redondilhas menores, resposta da questão b)) Então, o que aconteceu? Na prática, em nossa segunda e terceira semana de curso tratamos do assunto. Inclusive, falamos e escandimos cantigas de roda ou de ninar e, principalmente, analisamos poema do Bandeira que está na página 19. Fizemos a escansão juntos e determinamos que o poema era redondilho menor, conforme está escrito e explicado na página 20 (além da aula). Quem se deu ao trabalho de estudar seriamente, como deve ser a coisa (afinal, o que estamos fazendo na escola também deve ser feito fora dela) não teve nenhum problema com a prova.


Enfim: a)


a/mar/o/ per/di/do (também aceitaria a/ma/ro/per/di/do)

dei/xa/con/fun/di/do

es/te/co/ra/ção


b) Trata-se de um poema composto por redondilhas menores (ou redondilho menor).


Aqui, básico também, deveria ser construída uma respota com, no mínimo, uma frase.Com letra maiúscula e ponto final, diga-se de passagem.


3) Esta questão, inclusive, é argumentativa; por isso pedi que a respondessem com texto. E deveria ser apontado no texto onde ocorriam os fenômenos. Não era reescrever a palavra apenas, como muitos fizeram (aliás, quando fizerem isso, ponham aspas para não haver problema de entendimento!!). Para hiato, aceitei “me-mó-ri-a”, “po-de-ri-a”, “a-in-da”, “de-ma-is”, “di-a” até “co-i-sa”, que a rigor podem ser ditongos, mas pode até haver hiato devido à variações linguísticas regionais. Para ditongo oral decrescente: “tangíveis”, “insensíveis”, “estarei”, ”mais”, “demais”, “foi”, “eu”, “coisas”. Os ditongos crescentes, raros em português, também poderiam não aparecer nos poemas. Mas como temos possibilidades de variações linguísticas aqui também, aceitei as formasmemória”, “ainda” e “poderia” (embora esta última palavra eu tenha restrições quanto a esta "regionalização" (entendem porque uso aspas aqui?); aceitei também respostas do tipo "Não há ditongos crescentes no(s) poema(s)". Dígrafos consonantais: “nh”, “qu” e “ss” são os que aparecem; os encontros consonantais principais são com /gn/, /fr/, /tr/, /nt/ e outros.


4) Questão com bom nível de dificuldade. E duas respostas possíveis, a meu ver. Para uma primeira, o texto tem sentido denotativo, isto é, sentido de literalização das palavras ou dos sentidos figurados. O texto procura denotar o conotativo. Então, predomina o denotativo. Nos dois versos finais, o eu lírico volta a conotar as significações antes literais ou "denotativadas" (outro uso da aspas: neologismos), reatribuindo-lhes os significados comuns, figurativos, ambíguos.


Uma segunda resposta (dois alunos fizeram assim) permitiria que houvesse as duas formas: denotação e conotação. Se o aluno respondesse dentro do campo semântico ao qual o eu lírico se situa, também estaria correta. Entenderam? Quero dizer que se vocês respondessem que havia no poema os dois sentidos e que predominasse a denotação, mas que nos dois versos finais o eu lírico intencionasse a conotação das expressões estaria correta também. Este poema fala da própria linguagem. Se alguém dissesse que era um poema metalingüístico, eu teria uma parada-mental-derrubadora e cairia, assim, blum, no chão, na hora, pá. Cê-liga na idea?


b) Outras situações à qual o autor poderia ter feito referências, seriam: “bico de bule”, “maçã do rosto”, “ de galinha”, “ de cabra” (uso que eu quis saber na prova: dentro de uma resposta), entre muitas outras possibilidades.


5) Alterar uma conjunção adversativa por uma conclusiva faz com que o verso fique incoerente neste caso; muda-se o sentido original do poema. Meus queridos: há lógica e sentido no verso “tem asa, portanto não voa”, não se enganem. É lógico porque isso significa, ou seja, tem significação, qualquer que seja, nem que seja “tem asa, portanto não voa”. Muitas coisas tem asa e não voam. Não é uma questão de lógica, mas de entendimento. E faz sentido, com certeza. Incoerência não é necessariamente uma "contradição"; pode ser um desvio do entendimento comum apenas, mas sempre faz sentido. Vejam: quando as coisas parecerem sem sentido, este é o sentido. Não ter sentido é um sentido. Pensem nisso apenas, sem se preocuparem em discordar ou não. Apenas pensem na possibilidade. Depois discordem ou acordem.


b) Qualquer adversativa substitui o “porém”: “mas”, “todavia”, “contudo” e outras formas. Exemplo: “Tem asa, no entanto não voa, a xícara”.


Adelande, hermanos.


6) Seguindo a ordem do exercício, os conectivos ficam assim dispostos, segundo o original: a) É claro que; b) No momento em que; c) Mas no fundo; d) Enfim e e) Enquanto. A ordem sugerida das frases, também segundo o original (e dezenas de alunos acertaram) é a seguinte: 1- e; 2-c; 3-a; 4-b e 5-d.


Adaptação do original "LAMA, Dalai. Livro da Sabedoria, Martins Fontes, p106.


"Enfim, uma verdadeira amizade se desenvolve a partir do afeto humano, não do dinheiro ou do poder. É claro que, graças ao nosso poder ou fortuna, mais pessoas nos abordam com grandes sorrisos e presentes. Mas, no fundo esses não são verdadeiros amigos; são amigos da nossa fortuna ou do nosso poder. Enquanto perdurar a fortuna, essas pessoas continuarão a abordar-nos com freqüência. Porém, no momento em que nossa sorte diminuir, elas já não estarão mais por perto. Com esse tipo de amigo, ninguém fará um esforço sincero para nos ajudar se precisarmos. Essa é a realidade."


7) Gente, qualquer história que vocês contassem sobre quaisquer das três possibilidades “Vilma e Ângela”, “Gilson” ou “Pedro” estariam corretas desde que, em algum momento, ficasse clara (ou implícita) o uso de uma frase ou locução adversativa. Esse procedimento era o suficiente para "descontradizer" as duas orações adversas, num nível superficial..


8) Sem a necessidade de justificativa (embora uma das questões com grande grau de dificuldade), bastava-se lembrar que a relação antitética se dá no nível das palavras, principalmente. “Dono do sim e do não”. O sujeito suporta as antíteses mas não o paradoxo, como é o caso dos dois versos da questão b): paradoxais. Estas seriam as respostas corretas.Mas construírem a resposta era mais lindo ainda. Ganhou um décimo quem o fez.


9) Questão de pura interpretação e sem a necessidade obrigatória de se prender ao texto fielmente, mas citando superficialmente. A interpretação era chave, o que eu objetivava na avaliação. As palavras chaves para esta questão orbitam o campo semântico das “transformações”, “modificações”, “novas descobertas”; de “interferência” e "intervenção", de “manipulação” e não necessariamente de destruição, desmatamento, poluição dos rios, que são lugares comuns das interpretações do senso geral. Procurem, quando interpretarem textos, posições não comuns, diferenciadas. Evitem falar das coisas como qualquer um falaria. Procure posições e pontos de vista diferentes: "viajem" um pouco.


Idéias que sugerissem que a poesia de Caetano Veloso busca colocar o homem no centro das decisões sobre a vida e de seu próprio destino eram bem recebidas. Também seria interessante especulações sobre a ação do homem frente à sua prórpia arbitrariedade, às transformações (boas ou ruins, não importa) e modificações que suamão” impetra e determina (ou não) sobre a natureza; sobre as reações e contra-ações do homem ao mirar-se quando a olha e quando intervém em seu funcionamento, em nossas vidas. O paradoxal, nestas ideias, é muito latente, pungente. Caetano gosta de colocar "o homem", em suas canções, dentro de situações e sentimentos ambíguos, que causam estranhamentos. Lembrem-se de que neste poema a natureza tem uma realidade um tanto "sagrada", "essencial". Releiam a poesia e escrevam sobre, se quiserem. Seria bom para praticar texto e interpretação.


10) A resposta para esta questão era apenas transcrever os quatro primeiros versos da poesia. Com aspas, por sinal.

Beleza, galera? Cansei e preciso dar um tempo. Não aguento mais "prova".


Fui.

Amanhã estarei no colégio.

Salve para vocês.


Alexandre

Resumo da aula da semana: as famigeradas conjunções coordenativas!!!!

ORAÇÕES COORDENADAS (Sindéticas)

Coordenam-se umas às outras por meio de conectivo, conjunção.

Exemplo:

Olhei e comprei o presente.

Correu demais, por isso caiu.

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS

As orações coordenadas (sindéticas) são classificadas de acordo com as conjunções que as unem. Podem ser:

ADITIVAS

ADVERSATIVAS

ALTERNATIVAS

EXPLICATIVAS

CONCLUSIVAS

ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS

Expressam idéia de soma, adição. Conjunções: e, nem (e não), mas também, como também.

Exemplo:

Ele não só conhecia a cidade, mas também os melhores pontos turísticos.

Não só estudava como também ensinava.

Telefonou e comunicou sua decisão ao chefe.

ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS

Expressam idéias contrárias à outra oração. Conjunções: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto.

Exemplo:

A população fez várias passeatas, mas não conseguiu bons resultados.

Viajou para Londres, contudo não esquecia Recife.

O problema era facilmente resolvido, entretanto poucos conseguiram resolvê-lo.

ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ALTERNATIVAS

Expressam idéia de exclusão, alternância. Conjunções: ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer.

Ora estudava matemática, ora estudava português.

Procure chegar cedo ou não conseguirá a vaga.

ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS

Expressa uma justificativa, explicação, contida na outra oração coordenada. Conjunções: pois (anteposta ao verbo), porque, que visto que.

Exemplo:

Recife está intransitável, pois é repleta de buracos em suas ruas.

Não vou sair à noite, porque vou fazer uma prova importante amanhã.

ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS CONCLUSIVAS

Expressa uma idéia de conclusão do fato contido na oração anterior. Conjunções: logo, portanto, pois (colocada após o verbo), assim, por isso.

Exemplos:

Conseguimos bater a meta, portanto podemos comemorar o nosso sucesso.

Acreditamos na igualdade entre os povos; por isso devemos lutar por uma distribuição de renda melhor.


EXERCÍCIOS

1. Relacione as orações coordenadas por meio de conjunções:

a) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões surgiram.

b) Não durma sem cobertor. A noite está fria.

c) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los.



Respostas:

Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões surgiram.

Não durma sem cobertor, pois a noite está fria.

Quero desculpar-me, mais consigo encontrá-los.


2. (PUC-SP) – Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas...” a partícula como expressa uma idéia de:


a) causa

b) explicação

c) conclusão

d) proporção

e) comparação



POLISSEMIA CONJUNTIVA E A ORAÇÃO COORDENADA

Conjunção pois: pode caracterizar as seguintes orações:

CONCLUSIVA » não inicia a oração, aparece entre vírgulas ou separada da oração por uma vírgula.

Exemplo:

Henrique está louco; devemos, pois, interditá-lo.

EXPLICATIVA » inicia a oração e pode ser substituída pelas conjunções explicativas porque e que.

A conjunção e pode assumir valor adversativo.

Exemplo:

Convidei vários amigos e nenhum veio ao jantar.

(Convidei vários amigos mas nenhum veio ao jantar).


EXERCÍCIOS

3. (FUVEST – SP) – “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração sublinhada pode indicar uma idéia de:


a) concessão

b) oposição

c) condição

d) lugar

e) conseqüência


4. (Univ. Fed. Santa Maria – RS) – Assinale a seqüência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido.


1. Correu demais, ... caiu.

2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.

3. A matéria perece, ... a alma é imortal.

4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com detalhes.

5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.


a) porque, todavia, portanto, logo, entretanto

b) por isso, porque, mas, portanto, que

c) logo, porém, pois, porque, mas

d) porém, pois, logo, todavia, porque

e) entretanto, que, porque, pois, portanto


5. Reúna as três orações em um período composto por coordenação, usando conjunções adequadas.

Os dias já eram quentes.

A água do mar ainda estava fria.

As praias permaneciam desertas.


Resumo da aula

O período composto por coordenação é constituído por orações coordenadas.

ASSINDÉTICAS

Chamamos orações coordenadas assindéticas aquelas que não possuem conjunção.

SINDÉTICAS

As orações coordenadas sindéticas são aquelas que possuem conjunção.

As orações coordenadas sindéticas são classificadas de acordo com as conjunções que as unem. Podem ser:

ADITIVAS

ADVERSATIVAS

ALTERNATIVAS

EXPLICATIVAS

CONCLUSIVAS


ADITIVAS » Expressam idéia de soma, adição. Conjunções: e, nem (e não), mas também, como também.


ADVERSATIVAS » Expressam idéias contrárias à outra oração. Conjunções: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto.


ALTERNATIVAS » Expressam idéia de exclusão, alternância. Conjunções: ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer.


EXPLICATIVAS » Expressam uma justificativa, explicação, contida na outra oração coordenada. Conjunções: pois (anteposta ao verbo), porque, que visto que.


CONCLUSIVAS » Expressam uma idéia de conclusão do fato contido na oração anterior. Conjunções: logo, portanto, pois (colocada após o verbo), assim, por isso.


O gabarito eu publico amanhã, queridos!!

Salve para vocês!!!


Alexandre


Tabacaria - Fernando (em) Pessoa